terça-feira, 21 de abril de 2009

DESCOBRIMENTO DO BRASIL



22 de Abril: Descobriam oficialmente o Brasil

O Brasil foi oficialmente descoberto há 509 anos... Antes da chegada de Cabral, eram poucos os espaços vazios: a Amazônia estendia-se até o Maranhão e o litoral, assim como o Sul e o Sudeste, eram cobertos pela Mata Atlântica...

Muitos tentam reinventar o país.
A história que foi dada na escola, com datas e fatos consumados, foi didaticamente maçante; os temas, abordados de maneira automática, sem levar em consideração as curiosidades de cada momento, as particularidades de cada personagem histórico e os reais motivos que desencadearam uma revolução, tratado, acordo, além de informações sobre quanto recebiam, como se alimentavam e os propósitos que os moviam...
É preciso repensar o Brasil. País miscigenado, festivo, onde para tudo se encontra uma saída. Famoso pelo “jeitinho brasileiro”...


Para aproveitar a comemoração desse dia, a dica é o livro “A Viagem do Descobrimento: a verdadeira história da expedição de Cabral”, de Eduardo Bueno, da Editora Objetiva – coleção Terra Brasilis.

Nele, o leitor se depara com uma narrativa povoada dos mais variados detalhes acerca de nossa história colonial. O autor leva o leitor a vivenciar a época. A linguagem é atrativa, bem-humorada, detalhada, prendendo o leitor e o instigando a conhecer e entender o contexto que movia os homens da época, seus desejos, suas relações, as forças políticas e econômicas que atuaram na expansão marítima e conseqüentemente em nossa história.
Outra obra do autor é “Náufragos, traficantes e degredados”, que segue a mesma linha. As capitanias hereditárias e a saga dos primeiros colonizadores são aqui revisitadas num texto fácil e objetivo. De cara, o leitor é posto diante de um cenário que promete surpresas: a imensidão continental da costa brasileira, 30 anos após a chegada de Cabral, virtualmente abandonada na mão de náufragos, degredados e, sobretudo, traficantes franceses de pau-brasil. Descobre, em seguida, que a divisão do Brasil em capitanias foi uma forma de conter o contrabando dessa madeira. E que a vinda de Martim Afonso de Souza tinha por objetivo, mais do que a expulsão dos franceses, a conquista de um suposto reino indígena pródigo em ouro e prata. Assim, de surpresa em surpresa, o leitor vai penetrando numa história cheia de peripécias, mas também marcada pelo insólito e a tragédia.
Trecho do livro “A Viagem do Descobrimento...”:
A Ilha do Brasil
“A Ilha do Brasil, ou ilha de São Brandão, ou ainda Brasil de São Brandão, era uma das inúmeras ilhas que povoavam a imaginação e a cartografia européias da Idade Média, desde o alvorecer do século IX. Também chamada de "Hy Brazil", essa ilha mitológica, "ressonante de sinos sobre o velho mar", se "afastava" no horizonte sempre que os marujos se aproximavam dela.
Era, portanto, uma ilha "movediça", o que explica o fato de sua localização variar tanto de mapa para mapa. Segundo a lenda, Hy Brasil teria sido descoberta e colonizada por São Brandão, um monge irlandês que partiu da Irlanda para o alto-mar no ano de 565. Como São Brandão nascera em 460, ele teria 105 anos quando iniciou sua viagem.
O nome "Brazil" provém do celta bress, que deu origem ao verbo inglês to bless (abençoar). Hy Brazil, portanto, significa "Terra Abençoada".
Desde 1351 até pelo menos 1721 o nome Hy Brasil podia ser visto em mapas e globos europeus, sempre indicando uma ilha localizada no oceano Atlântico. Até 1624, expedições ainda eram enviadas à sua procura.” (Eduardo Bueno)


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