Reciclagem é talvez o termo mais importante no mundo atual, inclusive no campo filosófico. Até mesmo o pensamento pode ser reciclado, assim como os maus costumes.
Quem hoje em dia sabe o que é uma 'escarradeira'? Dentro de poucas décadas, cinzeiros poderão ser peças de museu.
As Ongs se movimentam, cobram das autoridades uma nova legislação para adequar, em regime de urgência, a produção industrial como aliada do desenvolvimento sustentável, todavia, a ganancia de grandes grupos empresariais só enxergam o 'verde' que lhes convém.
Pesquisas apontam que cada brasileiro é responsável pela produção diária de um quilo de lixo, mas no total, toda a população brasileira produz cerca de 170 mil toneladas de lixo diariamente.
A informação é de 2008 e foi publicada pela Veja, destacando que, dessa montanha de lixo, a reutilização é de apenas 11%.
O Brasil é campeão mundial de reciclagem pets e alumínio mas esse material descartado é jogado sem qualquer consciência de cidadania, nas ruas, margens de córregos e logradouros públicos.
A indústria da embalagem
Os produtos mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico e essa atividade gera uma grande quantidade de empregos nas cidades por meio da constituição de cooperativas de papel e alumínio, além de contribuir para a não poluição do solo, dos lençóis d´água e do ar.
Hoje existem embalagens descartáveis para tudo: feijão, arroz, leite, carne, suco, refrigerante, remédios... As sacolas plásticas são proibidas em vários países, porque representam uma das grandes ameaças de degradação ao meio ambiente. Há cerca de duas décadas, embalagens de todos os tipos passaram a ser fabricadas, sem que se pudesse prever sobre seus danos futuros.
No caso do papel, o dano que sua produção já vem desde a raiz (sem trocadilhos), desde a monocultura do eucalipto que arrasa e empobrece a qualidade da terra, até a sua produção industrial, com danos lastimáveis ao ar, aos afluentes dos rios, a todo um ecossistema e a toda comunidade próxima.
O papel, felizmente, é produto reciclável, é biodegradável. Com o vidro e o alumínio, a situação é um pouco mais confortável.
Capital da Reciclagem do Alumínio
É muito dispendiosa atividade de mineração e o processo de fabricação do alumínio. O reaproveitamento do metal permite que produtos já sem vida útil e até resíduos da produção industrial sejam reciclados infinitamente, inclusive com uma economia que chega a 95% de energia gasta em relação à produção da indústria. Somado a isso, ainda preservam-se as reservas de bauxita.
Os quatro países que mais reciclam em todo o mundo são Estados Unidos, Alemanha, Japão e Holanda. O Brasil é o campeão mundial da reciclagem do alumínio, cerca de 94%, além de 77% de reciclagem de papelão e 50% referentes a garrafas pets
Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, é a capital nacional da reciclagem do alumínio, onde estão sediadas empresas como a Novelis e duas unidades da Aleris Latasa.
Outros materiais
O vidro também é material que pose ser reciclado infinitamente. As empresas preferem a reutilização do vidro, quando obtém 100% de aproveitamento, ao invés da produção de vidro novo, evitando com essa opção uma perda de 20% de matéria prima. No entanto, o vidro não é biodegradável.
O plástico é talvez o maior dos agentes de degradação ambiental e um problema ainda de difícil solução. Por ser um produto maleável e de produção de baixo custo, é largamente utilizado. Todos usam embalagem de plástico, seja no setor têxtil, eletro-eletrônico, construção civil, têxtil, telefonia, etc.
Toneladas e mais toneladas de plásticos, após o consumo, vão para o lixo e sendo ele, produto derivado do petróleo, a preocupação é ainda maior porque não é uma fonte renovável.
Leva cerca de 500 anos (a idade do Brasil) para que a Natureza consiga fazer desintegrar uma mísera garrafa pet.
Isopor é 100%
Um produto que é 100% reciclável mas que poucos ainda sabem é o EPS. Não sabe o que é? Pois bem! EPS é a sigla internacional do Poliestireno Expandido, que entre nós é conhecido por “Isopor”. Suas vantagens são enormes: Baixa Condutividade Térmica, Baixo Peso, Resistência Mecânica, Baixa Absorção de Água, Facilidade de Manuseio,Versatilidade, Resistência ao Envelhecimento, Absorção de Choques, Resistência à Compressão
Outras de suas vantagens se refere à construção civil. O isopor reciclado pode compor com outros materiais para a fabricação de tijolos leves, resistentes ou para outros tipos de argamassa. Para que o isopor venha a se tornar um sucesso da indústria recicladora, falta mais informação e logística.
Renovando sempre
Passou da hora para que uma frente nacional seja criada, levando-se em conta todos os fatores benéficos que advirão. Campanhas de Reciclagem devem ser empreendidas pelo bem, não só de quem vive dessa atividade, mas em favor da própria sobrevivência das epeécies.
Em todo o Brasil, as cidades consideradas referências na coleta seletiva de lixo são: Curitiba (PR), Itabira (MG), Londrina (PR), Santo André (SP) e Santos (SP).
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