segunda-feira, 24 de maio de 2010

O brincar e o Lúdico




















O brincar é a essência da infância. Por isso, ao abordar este tema, não podemos deixar de nos referir também à criança.

Ao retomar a história e a evolução do homem na sociedade, vamos perceber que a criança nem sempre foi considerada como é hoje. Antigamente, ela não tinha existência social, era considerada miniatura do adulto, ou quase adulto, ou adulto em miniatura. Seu valor era relativo, nas classes altas era educada para o futuro e nas classes baixas o valor da criança iniciava quando ela podia ser útil ao trabalho, colaborando na geração da renda familiar.
Os jogos e brinquedos, embora sendo um elemento sempre presente na humanidade desde seu início, também não tinham a conotação que têm hoje, eram vistos como fúteis e tinham como objetivo a distração e o recreio.
Cada período da história humana e cada cultura têm uma visão diferente de infância, mas a que mais predominou foi a da criança como ser inocente, inacabado, incompleto, um ser em miniatura, dando à criança uma visão negativa. Entretanto, já no século XVIII, Rousseau se preocupava em dar uma conotação diferente para a infância, mas suas idéias vieram a se firmar no início do século XX, quando psicólogos e pedagogos começaram a considerar a criança como uma criatura especial com especificidades, carac­terísticas e necessidades próprias.

Foi preciso que houvesse uma profunda mudança da imagem da criança na sociedade para que se pudesse associar uma visão positiva a suas atividades espontâneas, surgindo como de­corrência a valorização dos jogos e brinquedos.

O aparecimento do jogo e do brinquedo como fator do de­senvolvimento infantil proporcionou um campo amplo de estu­dos e pesquisas e hoje é questão de consenso a importância do lúdico.

Dentre as contribuições mais importantes destes estudos podemos destacar:

1. As atividades lúdicas possibilitam fomentar a "resiliência", pois permitem a formação do autoconceito positivo;

2. O brincar possibilita o desenvolvimento in­tegral da criança, já que através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mental­mente;

3. O jogo, brinquedo e a brincadeira são produtos de cultura e seus usos permitem a inserção da criança na sociedade;

4. Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutri­ção, a saúde, a habitação e a educação;

5. Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afe­tivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona idéias, estabelece relações ló­gicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e cons­trói seu próprio conhecimento;

6. O jogo é essencial para a saúde motriz e mental;

7. O jogo simbólico permite à criança vivências do mundo adulto e isto possibilita a mediação entre o real e o imaginário.

Fonte: www.labrinjo.ufc.br

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