quinta-feira, 19 de abril de 2012

PLURALIDADE CULTURAL - ÍNDIOS DO BRASIL COISA DO PASSADO




ELES ERAM OS DONOS DESSA TERRA E O HOMEM BRANCO TENTOU ESCRAVIZÁ-LOS, ARRANCAR SEUS VALORES E CRENÇAS.
A CULTURA ÍNDIGENA CONTÍNUA VIVA ENTRE NÓS E MUITO TEMOS A APRENDER COM ELA.


História do Dia do Índio

Comemoramos todos os anos, no dia 19 de Abril, o Dia do Índio. Esta data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto lei número 5.540. Mas porque foi escolhido o 19 de abril?

Origem da data

Para entendermos a data, devemos voltar para 1940. Neste ano, foi realizado no México, o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Além de contar com a participação de diversas autoridades governamentais dos países da América, vários líderes indígenas deste contimente foram convidados para participarem das reuniões e decisões. Porém, os índios não compareceram nos primeiros dias do evento, pois estavam preocupados e temerosos. Este comportamento era compreensível, pois os índios há séculos estavam sendo perseguidos, agredidos e dizimados pelos “homens brancos”.

No entanto, após algumas reuniões e reflexões, diversos líderes indígenas resolveram participar, após entenderem a importância daquele momento histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio.

Comemorações e importância da data

Neste dia do ano ocorrem vários eventos dedicados à valorização da cultura indígena. Nas escolas, os alunos costumam fazer pesquisas sobre a cultura indígena, os museus fazem exposições e os minicípios organizam festas comemorativas. Deve ser também um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais.

Devemos lembrar também, que os índios já habitavam nosso país quando os portugueses aqui chegaram em 1500. Desde esta data, o que vimos foi o desrespeito e a diminuição das populações indígenas. Este processo ainda ocorre, pois com a mineração e a exploração dos recursos naturais, muitos povos indígenas estão perdendo suas terras.

ÍNDIOS É GENTE COMO GENTE E MERECE NOSSO RESPEITO
SEUS VALORES SÃO RELEVANTES
SUA CULTURA APRECIÁVEL
SUA HISTÓRIA É DE LUTA E LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA
ESSAS COMUNIDADES SE ENCONTRAM NORTE, NORDESTE E EM OUTRAS REGIÕES DO BRASIL.
INDIO É UM CIDADÃO BRASILEIRO!!!


COMO VIVEM

Como vivem os índios?

Quando observamos uma aldeia indígena na televisão ou em revistas podemos perceber que o modo de vida dos índios é bem diferente do nosso, não é mesmo? Pois realmente é, mas com aspectos interessantes que valem a pena conhecer!

Os índios vivem de forma muito organizada e harmônica. Cada tribo tem um cacique, que é o chefe e um pajé, que é uma espécie de médico para eles. Os pajés conhecem tudo sobre males do corpo e do espírito e também quais as plantas e ervas que podem ser utilizadas em cada caso.

A aldeia onde vivem é chamada de taba e nela existem dois tipos de casas: as simples, onde vivem apenas uma família e são chamadas de ocas e as casas coletivas, que são chamadas de malocas.

As casas são construídas com uma mistura de barro e sua estrutura é sustentada por pedaços de madeira. Para fazer os telhados, os índios utilizam palha trançada ou grandes folhas de árvores.

Esta forma de construção é barata e segura para algumas regiões sem muitas variações climáticas, por isso é utilizada em alguns locais do Brasil, principalmente no Nordeste e na Amazônia. São as casas de pau-a-pique.


ONDE VIVEM?

Onde estão os índios brasileiros?
Vivem em áreas espalhadas por todos os Estados, mas a maior parte das terras e da população indígena está mesmo é na Amazônia.


Como é a língua indígena?

Você acha que os índios falam outra língua? Não é bem assim!!! Os povos que habitavam o litoral do Brasil usavam principalmente a língua Tupi e muitas palavras da língua portuguesa tem origem no tupi-guarani. Quer conhcer algumas? Veja só: arara, capim, catapora, cipó, cuia, cumbuca, cupim, jabuti, jacaré, jibóia, jururu, mandioca, mingau, minhoca, paçoca, peteca, pindaíba, pipoca, preá, sarará, tamanduá, tapera, taquara, toca, traíra, xará... Muitas, não? E pode ter certeza que há muito mais!

Fonte: http://www.smartkids.com.br/especiais/dia-do-indio.html


AVABAMOOS DE ASSISTIR O VÍDEO ACIMA RELATANDO COMO OS ÍNDIOS VIVEM ATUALMENTE, E AINDA AS COMUNIDADES RESPEITAM E PRESTAM HOMENAGENS AOS SEUS ANTEPASSADOS CONSERVANDO AS TRADIÇÕES CULTURAIS E LUTAM PELO RECONHECIMENTO DE SUA CIDADANIA, QUE EXISTE DE DIREITO E NÃO DE FATO. AS FALAS DA REPORTAGEM DENUNCIAM ISSO.

ABAIXO O AUTOR DEMONSTRA A PREOCUPAÇÃO EM ATENDER AS NECESSIDADES CIVIS DOS HABITANTES DESSAS COMUNIDADES QUE SE ESPALHAM POR TODO O BRASIL.

Fonte: http://www.tre-mt.gov.br

Embora, no estudo da condição jurídica dos povos indígenas, diversas e candentes questões tenham sido suscitadas ao longo de séculos, poucas foram as ações desenvolvidas para soluções ou exames legais das questões indigenistas, pois as propostas sempre esbarram em inúmeros obstáculos.

Ações voltadas para o direito dos índios encontram sempre grandes entraves. Uns, de natureza econômica: a localização geográfica espacial dos povos indígenas estimula cobiças nas áreas de mineração, extração de produtos naturais e construção de energia elétrica. Outros, de natureza ideológica, que, dependendo de juízo de valor fundamentado em concepções racistas, consideram o índio como não civilizado, desrespeitam e desvalorizam seus conhecimentos e saberes tradicionais, rotulando-os de inferiores. E ainda, os que, em nome de uma pretensa igualdade de direitos e deveres entre os nacionais, acabam por excluir a população indígena do exercício da cidadania.

Historicamente, é preciso reconhecer que, no Brasil, do século XVI até praticamente o final do século passado, a oferta de programas às comunidades indígenas esteve pautada pela catequese e integração forçada dos índios à sociedade nacional. Dos missionários jesuítas aos positivistas do Serviço de Proteção aos Índios, do ensino catequético ao bilíngue, a tônica foi uma só: Toda diferenciação étnica seria anulada ao se incorporar os índios à sociedade nacional. Ao tornarem-se brasileiros, os índios tinham que abandonar sua própria identidade, perdendo sua língua, seus costumes, sua cultura.

Só em anos mais recentes este quadro começou a mudar.

Só em anos mais recentes este quadro começou a mudar. Até 1988, a legislação era marcada pelo viés integracionista, mas a nova Constituição inovou ao garantir às populações indígenas o direito tanto à cidadania plena (libertando-as da tutela do Estado) quanto ao reconhecimento de sua identidade diferenciada e sua manutenção, incumbindo o Estado do dever de assegurar e proteger as manifestações culturais das sociedades indígenas.

Na Constituição de 1988 aparecem diversas menções implícitas e explícitas aos povos indígenas.

Dentre estas normas estão as contidas no capítulo VIII da Constituição Federal que tutelam a pessoa do índio e suas comunidades. O constituinte deixou clara a sua opção por proteger de forma especial os primeiros habitantes de nossas terras, dispensando-lhes tratamento específico.

O abandono da previsão de desaparecimento físico dos índios e da postura integracionista que procurava assimilar os índios à comunidade nacional; as mudanças e inovações garantidas pelo atual texto constitucional e a crescente mobilização política de diversas lideranças indígenas ensejaram a necessidade de estabelecer uma nova forma de relacionamento, jurídico e de fato, entre as sociedades indígenas e o Estado brasileiro.

É ultrapassada a ideia pré-consitucional de integração e aculturação dos índios. O vestuto Estatuto do Índio, Lei n. 6.001/73, não foi recepcionado integralmente pela nova ordem constitucional de 1988; seu art. 4º, que prevê graus de integração do índio à comunhão nacional, não pode prevalecer ante à novel concepção de respeito e proteção à diversidade étnica e cultural.

Ao indivíduo indígena deve ser reconhecido e respeitado o direito de nascer e morrer índio. Não há de haver a soberba pretensão de supremacia da cultura dos não índios sobre a dos índios. Não tem cabimento a tentativa de sobrepujar sua cultura com a imposição de nossos costumes que, antes de afastar, devem conviver e coexistir com os dos indígenas.

Essa dimensão pode ser extraída da diretriz normativa contida no art. 231 da nossa Carta Política. Inovando, desde a Constituição de 1824, pela primeira vez o constituinte originário reconheceu a organização social, os costumes, as línguas, as crenças e tradições, sendo que os direitos reais de uso sobre as terras que tradicionalmente ocupam já eram desde há muito reconhecidos.

Organização social, costumes e tradições têm estreita relação com a figura do índio como ator do processo eleitoral de escolha dos representantes. Se o universo do direito indica uma providência partindo de uma premissa maior de valores arrolados na Constituição Federal, as normas infraconstitucionais devem conformar-se a essa solicitação para realizar com a máxima eficácia a opção inaugural.

O ÍNDIO GANHANDO ESPAÇO NUMA SOCIEDADE AINDA DISCRIMINADORA

Ronílson Bispo, o Índio, que ficou em 3o lugar no campeonato brasileiro DE handcycles em 2009.



MANCHETE DO JORNAL OPÇÃO - TOCANTINS

“O índio brasileiro é uma pessoa bem informada, sabe o que quer”
Líder indígena acusa o governo de desestruturar a Funai em sua última reforma e defende criação do Ministério dos Povos Indígenas para substituir a fundação, que já não atende mais a realidade brasileira


Fonte: http://www.jornalopcao.com.br

TODOS OS POVOS DA TERRA TEM AS MESMAS NECESSIDADES INDEPENDENTES DE COR, ETNIA OU CREDO... RESPEITO E DIGNIDADE




AOS IRMÃO ÍNDIOS E AS COMUNIDADES INDIGENAS O NOSSO ABRAÇO E RESPEITO.


VOCÊ SABIA QUE?

* Os rituais indígenas são conservados nas comunidades até os nossos dias?

* Mato Grosso do Sul é o estado brasileiro com mais registros de casos de violência contra índios? Esses dados são de acordo com relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O relatório mostra que no ano passado foram registrados 60 assassinatos de índios em todo o Brasil. Desse total, 34 deles aconteceram no estado, o equivalente a 57% de todos as mortes de indígenas registradas no país. Foram 29 mortos da etnia Guarani Kaiowá, um da etnia Guarani Nhandeva, um Terena, um Ofaye Xavante e dois Kadiweu.

* No ano de 1943 o então presidente da Republica Getulio Vargas reconhecia o índio como legitimo cidadão brasileiro, instituído o dia do índio em todo território nacional?
No município de Nioaque não é diferente, ao longo dos anos temos presenciado a alegria com que este dia é comemorado nas aldeias Cabeceira, Água Branca, taboquinha, Brejão e Aticum. No evento deste ano, foram feitas muitas atividades como danças e comidas típicas, shows gospel e claro o esporte que fez parte das comemorações durante toda a semana. Em cada aldeia a comunidade se reuniu para comemorar juntos, esse dia que efetivamente nos faz lembrar que os índios é de fato o verdadeiro cidadão do Brasil. Sua cultura e a maneira simples de viver, representa com certeza todo o povo brasileiro que de uma forma ou de outra descende direta ou indiretamente dos primeiros habitantes deste nosso Brasil.

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